sábado, 21 de julho de 2012

Corpo e Bem-estar: Vírus da Herpes, sintomas e tratamento


O herpes, doença manifestada por feridas na pele, é provocado pelo vírus da catapora ou herpes vírus. Ele ataca grande parte da população, apesar de nem sempre o paciente apresentar sintomas ou saber que o possui. Isso porque o vírus, que fica incubado em um gânglio nervoso, pode ficar latente a vida inteira. "O indivíduo entra em contato com o vírus por outra pessoa que esteja com lesões cutâneas em atividade (presença de vesículas), através de contato direto como beijo, relação sexual, objetos de uso pessoal e manipulação das próprias lesões. Tudo depende do local por onde o germe penetrou no organismo", explica o dermatologista Otávio R. Macedo. Há três tipos de herpes: herpes simples tipo I e II – este, mais conhecido como genital – e o herpes zoster, todos diferenciados pela localização, o tipo de lesão e o tratamento. Sintomas (herpes simples) causado pelo vírus do tipo I e Il: Coceira, queimação, vermelhidão, feridas no corpo. “O herpes simples é menos grave, menos extenso e menos doloroso. Ele pode ser diagnosticado por ardência, calor e dor um dia antes de aparecerem vesículas ou bolhas pequenas agrupadas e cercadas por halos de vermelhidão que se rompem facilmente, originando feridas”, informa a dermatologista Denise Steiner, acrescentando que o processo dura em torno de uma semana e não costuma deixar cicatrizes. Enquanto o vírus do tipo I provoca feridas em qualquer parte da pele, sobretudo no contorno dos lábios e no rosto, o do tipo II aparece na região genital e nádegas. Agora, se o diagnóstico for de muita dor em um local específico, dois ou três dias antes do aparecimento das tais vesículas e bolhas e, posteriormente, das feridas, certamente se trata de um caso de herpes zoster. “A doença é mais grave e mais extensa. Pode comprometer a região dos olhos e causa muita dor, podendo ser confundida com enxaqueca ou com infarto do miocárdio, conforme o local de aparecimento”, ilustra a dermatologista Denise Steiner, colocando que ele é provocado pelo mesmo vírus que causa a catapora ou varicela. “O herpes zoster tem atração junto ao nervo, com maior ocorrência no nervo trigêmeo – próximo da orelha até a testa – e no abdômen, seguindo o trajeto dos nervos intercostais”, acrescenta o dermatologista Otávio R. Macedo. Enquanto o herpes simples aparece constantemente, e pode comprometer uma pessoa sem que ela apresente sintomas, o zoster, apesar de mais grave, ataca apenas uma vez. “Os vírus herpes simples I e II têm recorrências freqüentes ou não, dependendo da imunidade geral. Há indivíduos com um surto a cada três anos e outros com manifestação todos os meses, sempre no mesmo local do corpo onde tudo começou”. De acordo com a dermatologista, não há um perfil específico de quem irá contrair a doença. “Provavelmente, certas pessoas têm mais susceptibilidade genética”, avalia. É difícil determinar ao certo quando a doença vai se manifestar ou até se as feridas irão tornar a ocorrer, tudo depende de uma baixa da resistência imunológica, que está relacionada a diversos fatores. “Podem cooperar para esta: choques emocionais, estresse agudo e crônico, desnutrição, uso de drogas, doenças infecciosas, alterações metabólicas, digestivas e sol intenso”, diz Denise Steiner, aconselhando que, se um indivíduo tem herpes zoster (principalmente o idoso, mas também pode afetar crianças), é importante investigar a causa da baixa imunidade, pois há riscos de ela ser decorrente de outras doenças, como câncer, diabetes e até AIDS. Outros estímulos contribuem para as lesões na pele. “O cansaço, a ingestão de bebidas alcoólicas e o cigarro também fazem com que o vírus saia da latência”, adiciona o dermatologista Otávio Macedo. Se uma mulher for portadora do herpes, principalmente o simples tipo II (herpes genital), existe o risco de o bebê ser contaminado na hora do parto, contraindo o herpes neonatal – comprometimento do recém-nascido no primeiro mês de vida. “Uma mãe recém-infectada (no último trimestre de gravidez) ainda não produziu anticorpos suficientes contra o vírus, de modo que não existe praticamente nenhuma proteção natural para o bebê antes do nascimento e durante o mesmo”, explica o dermatologista Otávio Macedo, justificando ser provável que o vírus esteja presente no canal de parto durante o processo. “Se ocorrer herpes genital o parto normal é contra-indicado para evitar a contaminação do bebê. Além disso, é necessário evitar o contato após o nascimento”, indica Denise Steiner. O tratamento é preconizado mediante ao diagnóstico médico, dependendo do caso e do paciente. “Ele é feito através de drogas antiinflamatórias, analgésicos e antivirais. Geralmente, esses remédios são administrados sob a forma de comprimidos”, informa o Dr. Otávio Macedo, avisando que existem médicos que questionam a eficácia de pomadas ou cremes para tratar a doença. Por ser mais brando, o herpes simples necessita de medicação em doses menores. Ambos são combatidos com antivirais como o acilovir e o valaciclovir em doses de ataque. No caso do herpes simples, utiliza-se também o aminoácido L-lisina para conter crises freqüentes. Como o herpes zoster só é contraído uma única vez, pode-se considerar que exista cura. No entanto, mesmo com os avanços terapêuticos atuais, ainda não foi identificada a solução definitiva para o herpes simples. “Esses remédios têm o poder de controlar e abortar as crises, mas não de destruir os vírus latentes. Entretanto, quanto antes for iniciada a terapia, menor a duração e menos doloroso será o surto. É possível prevenir a doença fortalecendo o sistema imunológico, evitando tomar muito sol e mantendo um estilo de vida saudável”, aconselha o Dr. Otávio Macedo.






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